Morto hoje, miliciano Japão foi juiz e executor no ‘tribunal do crime’ da Covanca

Morto essa manhã na Estrada do Cafundá, na Taquara, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, José Carlos Gonçalves da Rosa, o Japão, participava de sessões do ‘tribunal do crime’ da milícia da Covanca, um de seus redutos.
Ele respondia a um processo por dois homicídios (um consumado e outro tentado) na década de 2000.
Em um deles, cometido entre o final da tarde e o início da noite de 05 de setembro de 2007, na Estrada da Covanca, bairro do Tanque, Jacarepaguá, Japão e comparsas tentaram matar C.C.M.
O crime de homicídio não se consumou porque a que a vítima fugiu correndo do local. Foi mantido em cárcere privado e agredido.
Os criminosos agiram como juízes, júri e executores na comunidade da Covanca- pelo fato de a vítima levado até o local Wagner Luiz Bragança a quem acusavam de ser ´ladrão´.
Na mesma data, Wagner foi executado por Japão e bando em Pilares, na Zona Norte do Rio. Ele foi pego na Covanca, colocado dentro de um carro e levado para um local onde foi assassinado com nove tiros. Foi morto porque teria se envolvido em uma briga com um dos milicianos. Teve o rosto e o pescoço cortado com um estilete.
Japáo respondeu a processo pela apreensão de um grande arsenal em 2013:: três espingardas, sete fuzis, um revólver, uma pistola, além de munições.
Além da Covanca, Japão era frente das comunidades do Jordão, 850, Pendura e Saia e Caicó. Há relatos de que teria levado mais de 20 tiros de fuzil.
Inicialmente, se cogitou que traficantes do Jardim Novo, em Realengo, teriam sido os autores mas já outra versão de que milicianos rivais teriam praticado o crime. Japão era aliado de André Boto, mas se aproximou do rival dele, Macaquinho.