Casos de PolíciainvestigaçãoPrimeiro Comando da Capital

MP-SP investiga elo de irmão de Witzel, que foi preso, com o PCC

Douglas Renê Witzel, irmão do governador afastado do Rio, Wilson Witzel, foi preso ontem em uma operação que mirava na atuação da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nas cidades paulistas de Itapira, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Estiva Gerbi, Valinhos, Indaiatuba, Jundiaí e Várzea Paulista.

Ele é PM e foi acusado de porte ilegal de armas. A Corregedoria da Polícia Militar deu início a diligências com foco em eventual participação de agentes no esquema criminoso alvo da operação batizada Rebote.

As investigações, iniciadas em setembro de 2020 para reprimir a organização criminosa, revelaram que a maioria dos investigados ocupava funções de liderança regional e estadual na facção e no tráfico de drogas das respectivas cidades. Ainda durante o monitoramento e as investigações que antecederam a operação, foi possível a prisão em flagrante de outras seis pessoas pelos crimes de tráfico de drogas e furto de caixas eletrônicos.

Durante a investigação, foi possível ainda identificar o envolvimento de policiais militares em crime de furto de caixas eletrônicos, resultando na prisão em flagrante de dois integrantes de uma quadrilha. Assim, houve o compartilhamento de material com a Corregedoria da Polícia Militar e 1ª Auditoria Militar, que deflagrou operação para cumprimento dos mandados expedidos pela Justiça Militar.

O Ministério Público tem 30 dias para encerrar as investigações, ouvindo os investigados e examinando os materiais apreendidos (documentos e equipamentos eletrônicos), para apresentar a denúncia perante a Justiça Pública, e os investigados podem responder por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídio e ocultação de cadáver.

A operação recebeu o nome Rebote por ter tido como origem investigar e prender outros integrantes da facção criminosa que permaneceram na prática dos crimes após a deflagração da Operação Macuco, em agosto de 2020. Na ocasião, 44 pessoas foram presas, sendo 15 em flagrante. Nas duas fases, a Macuco resultou em ações contra 29 réus.

Participaram da operação 17 promotores de Justiça, além de cinco servidores do Ministério Público e cerca de 180 policiais militares.

No âmbito da Operação Rebote, foram expedidos 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. Já pela Corregedoria da Polícia Militar, houve expedição de dois mandados de prisão para policiais militares e 13 de busca e apreensão. Até o momento, as autoridades apreenderam diversos materiais relacionados à organização criminosa investigada: armas de fogo, grande quantidade de entorpecentes, aparelhos de telefone celular e aproximadamente a quantia de R$ 60 mil em dinheiro.

A Operação Rebote continua em andamento.

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