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Número 2 da maior milícia do Rio foi condenado a sete anos de prisão. CV pagava recompensa para matá-lo

A Justiça condenou no último dia 26 de abril Cristiano Lima de Oliveira,  o Jiraya,preso no quando era apontado até então como o número 2 da milícia Liga da Justiça, comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. Jiraya pegou sete anos de prisão em regime fechado. O Comando Vermelho oferecia recompensa para matá-lo, segundo os autos.

Segundo a denúncia, em data inicial que não se pode precisar, todavia até  17 de maio de 2020, na Rua 10, próximo do número 300, no bairro de Paciência,  o o criminoso integrava organização paramilitar, com a finalidade de praticar inúmeros delitos. Através de violência e intimidação dos moradores e comerciantes, o bando buscava a obtenção de vantagem econômica com a prática de cobranças compulsórias de quantias de dinheiro, a título de ´taxas de segurança´, ´arrego´, ´gato net´, bem como a prática de outros crimes, como por exemplo, roubos, sequestros, extorsões, homicídios, receptação e posse de armas, munições e acessórios. 

No dia dos fatos, policiais civis, diante de informações coletadas pelo setor de inteligência, foram até o local acima descrito, residência de um dos líderes da milícia armada atuante na Comunidade do Antares, em Santa Cruz, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão. 

Jiraya era  o responsável pela liderança da Comunidade do Antares em Santa Cruz. Os agentes da lei, no momento da abordagem, cercaram a residência, que se assemelhava a um ´bunker´ e se diferenciava das demais casas da localidade, e quando adentraram no imóvel avistaram o denunciado agarrado com sua companheira e filha, gritando desesperadamente que não o matassem. não me mata! Não me mata! ‘Tá’ tudo sendo filmado”

Os policiais explicaram o motivo da operação e o denunciado, opondo-se ao ato legal, entrou em luta corporal com os agentes, utilizando-se ainda de sua filha como escudo, sendo contido, após algum esforço, pelos policiais. 
Durante a revista, os policiais encontraram nos fundos da residência, em outro cômodo, perto da piscina, dentro de uma sapateira, uma arma de fogo do tipo pistola GLOCK, modelo G17, calibre 9 mm, com numeração suprimida e 17 munições não deflagradas. 

Ainda foram arrecadados dois aparelhos de telefone celular da marca IPHONE, o veículo IX-35, placa LLJ-7G64 e um aparelho de DVR. 

Ainda segundo as investigações da DRACO, o denunciado além de exercer uma posição de comando na hierarquia da milícia ainda, é investigado pela participação do crime que vitimou mortalmente o policial civil Rodrigo Guadagno dos Santos no dia 12/05/2020.  

Policiais informaram que Jiraya era um indivíduo de difícil rastreio. Diversas  técnicas de investigação foram  empregadas para chegar a seu paradeiro.

Jiraya foi quem organizou a festa no Sítio Dois Irmãos, em Santa Cruz, em 2018, quando mais de cem pessoas foram detidas.  No local, houve uma reunião entre as lideranças da milícia da Zona Oeste do Rio e da Baixada. Ele que fazia esse papel diplomático de união do crime organizado. 

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