O PODER DE DECISÃO QUE TINHA ECKO

Como líder da maior milícia do Estado do Rio de Janeiro, Wellington da Silva Braga, o Ecko, instituía setores, concedendo a gerência e controle a homens de sua confiança, porém não autonomia para as decisões, que necessariamente tinham ser submetidas ao seu crivo.
Copiando o processo de liderança e hierarquia de empresas e instituições empresariais, decisões simples podiam ser tomadas diretamente pelo subordinado sem que Ecko fosse consultado.
Mas, decisões importantes obrigatoriamente passam pelo crivo do líder. Como exemplos podem ser mencionados, respectivamente, a cobrança extorsionária dos moradores e decisão sobre assassinato de algum desafeto.
Mais recentemente, Ecko teria matado um de seus principais assessores, Francisco Anderson da Silva Costa, o PQD, por ele ter reclamado com seu chefe sobre o excessivo uso de drogas por parte do líder da milícia.
Moradores, comerciantes, vendedores ambulantes e motoristas de transporte alternativo eram obrigados a pagar valor em dinheiro variável para exercerem suas atividades profissionais ´com tranquilidade´, eis que, em havendo negativa, sofriam consequências diversas, que incluem a prática de violência física e homicídio; loteamento e parcelamento ilegal de solo urbano; comércio de produtos contrabandeados; receptação de veículos roubados; corrupção e cooptação de agentes públicos; porte ilegal de armas de fogo e acessórios de uso restrito,
A quadrilha de criminosos, visando subjugar e coagir a comunidade local ostenta e utiliza armas de fogo de grosso calibre, e, a pretexto de consolidar a punição devida àqueles que de alguma forma transgrediram as regras e ordens por eles bradadas, por muitas vezes cometem crimes de homicídio qualificado.
Uma vez que a extensão territorial de domínio era gigantesca, Ecko compunha com aliados e subordinados para manter a cadeia de comando, sendo certo que os inúmeros sub-bairros possuíam ´lideranças´ que repassavam o lucro da atividade criminosa para o staff principal,
A milícia de Ecko obtinha dados relevantes sobre operações policiais e diligências em andamento através de vazamento de informações por meio de agentes públicos e pessoas próximas.
Atuava também difundindo falsas informações para gerar descrédito em dados, pessoas e investigações idôneas, principalmente por meio de rede social e aplicativos de comunicação, pela agilidade da difusão.