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Oito integrantes do ‘Bonde do Fuzil’ que aterrorizava Niterói foram condenados. Apenas um em regime fechado. ‘Senhor das Armas’ tinha ligações com o grupo

Oito integrantes do chamado ‘Bonde do Fuzil’ que praticava roubos em Niterói foram condenados no final do ano passado a penas de até 14 anos de prisão. Mas apenas um ficou em regime fechado. O resto ou no semiaberto ou no aberto. O processo é de 2018.


Foram sentenciados Davi Araújo de Lima, o Tufão, Cristiano Caetano Ferreira, o CH, Marco Matheus Oliveira Silva,  o Theu, Gabriel Araújo dos Santos, o Tiziu, Gustavo Cândido Julião, o GTA, Júlio César Augusto Antônio, o JC, José Kelwy Moura, o Kelvin e Davi Vidal Sant´Anna, o Billy Destes, apenas Tufão, que era líder do grupo pegou regime fechado. 


Junto com eles, foram condenados no mesmo processo nove traficantes suspeitos de fornecerem armas para o grupo. 
Entre eles está Antônio Jorge Gonçalves dos Santos, conhecido como o Senhor das Armas, além de Reinaldo de Medeiros Ignácio, o Cadá, dono das bocas de fumo do Morro do Cavalão, entre Icaraí e São Francisco.   

  Segundo as investigações, a quadrilha praticava delitos de ação penal pública, em particular tráfico de entorpecentes e roubos de veículos, a transeuntes e a estabelecimentos comerciais em geral, na cidade de Niterói, mais precisamente no bairro de Icaraí, tendo sido formado o denominado ´Bonde do Fuzil´. 


Os traficantes e os roubadores trataram de se reunir para desenvolvimento de suas atividades, contando com o apoio financeiro e estrutural uns dos outros: o grupo que comanda o tráfico nas comunidades do Cavalão e Viradouro empresta/aluga armas para que o outro grupo possa praticar os roubos, em troca da promessa de divisão de ´lucro´, mormente recebimento de carros de luxo subtraídos, que são levados ao interior de comunidades atreladas à facção criminosa Comando Vermelho.  

Um dos integrantes do Bonde do Fuzil pegava os telefones celulares roubados das vítimas, desbloqueava e entregava para os traficantes. 

Alguns integrantes do bonde também participavam também do tráfico, não como figura de ponto, mas como avião ou integrante da boca de fumo.

Alguns dos veículos roubados eram atravessados para o Rio de Janeiro, favela Nova Holanda e para uns iriam para o Paraguai e eram trocados por armas e drogas; que alguns eram clonados para ficarem em poder dos próprios criminosos.

Uma das ações do chamado ‘Bonde do Fuzil’ ocorreu no Noli, na Rua Geraldo Martins onde, segundo testemunhas, três elementos fortemente armados começaram a pedir tudo das mesas, bolsas, celulares, relógios, dinheiro, entre outros bens. 


    “As vítimas dos assaltos narravam que essa quadrilha chagava ostentando armas grandes, de grosso calibre, como fuzil e isso causava um temor muito grande nas pessoas; que eles chegavam em um veículo e alguns desciam e outros ficavam esperando no carro; que tinha estabelecimentos que eram assaltados duas vezes por semana, que aterrorizavam os clientes  ‘, dizem os autos.

Sobre o Senhor das Armas,  apesar de preso em penitenciária federal, é ele o líder da quadrilha de traficantes de drogas que atua nas localidades conhecidos como Alto (favela Atalaia) e Castelo (favela da Igrejinha).

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