PCC tinha braço chamado Arco Íris que costurava esquemas em Prefeituras e apoiava políticos

A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) possui um conglomerado empresarial chamado de Arco-íris, que é um dos braços financeiros e políticos da organização e polo de diversão do grupo.
O líder do Arco Íris decide pelos apoios financeiros a políticos das cidades, bem como, define os investimentos que serão realizados como forma de lavagem de dinheiro para a organização criminosa.
Em conversas interceptadas com autorização da Justiça, foi possível identificar integrantes do bando conversando sobre máfia de transporte público.
Um dos diálogos versava sobre negociações no sentido de os bandidos assumirem o transporte público de um município paulista, como já agiam como proprietários, inclusive negociando com sindicatos, pagando despesas e fazendo o serviço público não ficar paralisado.
O ex-prefeito da tal cidade teria contado com a ajuda da organização criminosa para que os ônibus pudessem circular sem problemas no período que antecederia as eleições e que houve algum tipo de acordo neste sentido.
O PCC chegou a receber apoio de um dos secretários municipais que encaminhou o modelo de documentação protocolado na Prefeitura por uma empresa de ônibus sendo certo que já tinham contratado o aluguel de terreno para servir de pátio para os coletivos.
Há conversas ainda entre os membros do Arco Íris sobre uma reunião com o grupo de candidatos a vereadores apoiados pelo referido braço da organização criminosa e os bandidos comemorando que grande parte dos candidatos apoiados pelo grupo criminoso foram eleitos.
Os integrantes do PCC também foram flagrados em conversas comemoram a informação de abertura de certame licitatório no transporte público de passageiros de uma cidade, sendo nítido que o grupo estava recebendo massivos investimentos para proceder com o branqueamento do capital do PCC. Em trecho posterior, as partes já falam em localizar pátio para os ônibus, demonstrando que já contavam como certa a vitória no procedimento licitatório.
Ressaltam-se, ainda, diálogos que revelaram que além das ações financeiras e de investimentos nas quais estavam envolvidos, o grupo também fazia negociações envolvendo tijolos de cocaína de alto teor de pureza.