PMs envolvidos em milícia e homicídios em Caxias enganaram as vítimas antes de matá-las. Justiça diz que vereador comanda grupo

Os três PMs presos recentemente suspeitos de fazer parte de uma milícia que matou dois homens ( Charles Augusto Poncian e Edson Nascimento da Silva) no Jardim Anhangá, em Duque de Caxias, em dezembro, enganaram as vítimas dizendo que não iam matá-las. Os paramilitares seriam chefiados por um vereador de Magé, de acordo com a Justiça.
Segundo os autos do processo, os paramilitares teriam visto o traficante de vulgo Lopinho indo na casa de Charles e isso revoltou os policiais, que arquitetaram um plano para matá-lo.
Edson, que era amigo de Charles, participou da reunião e passou tudo para o colega e os milicianos ficaram sabendo.
Um membro da quadrilha, então, foi até a casa de Charles desmentir o tal plano, dizendo que estava tudo bem entre eles. E dias depois, ambos foram assassinados.
A rixa, na verdade, teria começado há dois anos.
Charles guardava armas para um miliciano de vulgo PQD mas possuía amizade também com traficantes da Avenida B, em Imbariê, dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP).
Charles, juntamente com Lopinho e outro homem chamado Arthur, teriam executado o miliciano Brown há dois anos porque este estava atrapalhando o tráfico na Avenida B. Com um tempo, todos ficaram sabendo e a coisa se acirrou depois que os paramilitares viram Lopinho com Charles.