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Delegado admite ligação de policiais com Ecko. Conheça alguns dos agentes do Estado que serviam à quadrilha

Na entrevista coletiva de hoje sobre a morte do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, o delegado Felipe Curi informou que está investigando o envolvimento de policiais com a quadrilha. Disse que já havia alguns identificados mas não poderia explanar 

Nos últimos anos, apurações e ações policiais descobriram a ligação de agentes do Estado com Ecko, alguns foram presos.

Dois PMs foram presos ano passado suspeitos de terem sido contratados por Ecko no valor de R$ 200 mil para executarem o funkeiro conhecido como MC Poze. São eles Igor Ramalho Martins e Rodrigo Dias Renovato Alonso.

O PM reformado Clayton da Silva Novaes, foi preso em Paracambi  em 2019 por suposto envolvimento em lavagem de dinheiro do bando. 

Em 2019, dois policiais militares ligados a Ecko foram presos . Um deles, identificado como Marcelo Tinoco Petru, foi flagrado em escutas telefônicas passando informações sobre operações contra os milicianos, que agiam na Zona Oeste do Rio e em municípios da Baixada Fluminense.

O outro, Marcelo Costa Brito, que era lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), atuava como líder da milícia do Rio da Prata, em Campo Grande, um dos redutos da Liga da Justiça.

Preso desde 2018, o sargento da PMERJ  Antônio Carlos de Lima foi apontado como um dos líderes da milícia em Itaguaí  e um dos mentores intelectuais de toda a variedade de crimes realizados pela organização na cidade.  Foi condenado este ano a quatro anos e nove meses de prisão. 

Em 2018, quatro policiais militares foram fotografados ao lado de milicianos ligados a Ecko que brigavam com o Comando Vermelho por favelas de Santa Cruz. Todos estão submetidos a Conselho de Disciplina, que pode levar a expulsão.

O inspetor Leandro César Pires Gonçalves servia de elo entre membros da milícia de Ecko presos no sistema penitenciário e os demais comparsas que se encontram em liberdade. 


Outros dois agentes penitenciários foram presos suspeitos de participarem da milícia. Um deles foi Adalberto Braz Correa Júnior.  Dentro da organização criminosa, ele exercia o controle sobre a célula responsável por controlar a região central do bairro de Campo Grande, em uma área que se estende do calçadão, próximo à Rodoviária até a localidade do Rio da Prata, passando pela Rua Iaraquã, estradas do Cabuçu, Cachamorra, e adjacências. 

O outro foi Émerson dos Santos Lopes,  que foi apontado como um intermediário na venda de cigarros contrabandeados no interior de presídios. Exercia ainda a atividade relativa a ações diretas nas invasões da milícia em terrenos públicos ou privados, se utilizando de força física contra moradores e/ou ocupantes do local, visando obrigar a imediata saída do imóvel ou terreno.

Uma investigação descobriu que a Liga da Justiça recrutava policiais militares para cuidar da segurança das áreas comandadas pelo grupo em Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense.


O responsável por isso seria o PM Carlos Miranda Rangel, que foi preso. 


Segundo processo que tramitou na 1ª Vara  Criminal de Bangu, o pagamento dos PMs recrutados seria feito com lotes de terrenos que eram invadidos pela quadrilha.

Em 2015, foi preso o PM Fabiano da Cunha Lamarca, apontado como segurança do irmão de Ecko, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. 

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