Policial rodoviário contou à Justiça momentos tensos dos confrontos na operação na Penha. Disse que teve que passar até por barricada eletrificada e que socorreu segurança do chefão do tráfico local

Um policial rodoviário federal revelou à Justiça como foi parte dos confrontos da operação realizada no Complexo da Penha nesta semana. Disse ter encontrado até barricada eletrificada e que socorreu o segurança do chefão do tráfico e outros baleados.
O patrulheiro declarou que ele e seu companheiro de serviço, que são lotados no GRR/COE de Brasília, deslocaram-se, por volta das 5h, com várias equipes do BOPE, na Vila Cruzeiro, quando próximo da Pedra do Sapo foram recebidos a tiros por dezenas de criminosos armados, sendo certo que as equipes da PRF e do BOPE revidaram realizando disparos contra os criminosos;
Durante a troca de tiros, os agentes puderam notar que dois indivíduos foram baleados, ficando o declarante e seu companheiro encarregado de prestar socorro aos feridos.Segundo eles, os criminosos foram socorridos no Hospital Estadual Getúlio Vargas.
Os dois bandidos estavam no campo de visão da equipe do depoente e seriam Kleber do Prado e Edson Ferreira da Costa, que permanecem hospitalizados.
O patrulheiro rodoviário disse que não há como precisar quais as equipes responsáveis por neutralizarem os criminosos.
Falou que outros suspeitos foram baleados no local, com os quais foram encontradas diversos armas, dentre os quais fuzis, granadas, equipamento militar e farta quantidade de material entorpecente;
O declarante e seu companheiro prestaram socorro dividindo-se em duas viaturas, as quais foram utilizadas para prestar socorro aos criminosos neutralizados.
Se recorda que socorreu cinco agressores e seu companheiro, outros quatro. Disse que pôde notar diversas armas próximas aos agressores;
Segundo os autos, todo material arrecadado foi apreendido na DH-C em razão da formalização das mortes decorrentes de intervenção policial, sendo que a maior parte das ocorrências foram concentradas no RO 901-00441/2022;
O policial recebeu informações de que Edson seria um dos seguranças do chefe do tráfico da Penha, Edgar Alves de Andrade, o Doca. Edson era evadido do sistema prisional.
Falou que os criminosos atacaram as equipes de diversos pontos da comunidade, de pontos estratégicos. Que os policiais passaram por diversas barricadas, muitas intransponíveis para veículos. Contou que encontraram barricada até mesmo eletrificada, para impedir remoção.´
Ainda sobre Edson, os autos mencionam que ele já ostenta condenações criminais aptas a configurar reincidência e maus antecedentes e volta a ser preso em flagrante pela prática de novo crime.
Tanto Edson como Kleber tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventivas.