Quadrilha mineira enriqueceu fornecendo altas quantidades de cocaína para o Complexo da Maré

Investigações feitas pela Polícia Civil de Minas Gerais revelaram como atuava uma organização criminosa que atuava no tráfico interestadual de drogas que fornecia grandes quantidades de cocaína para o Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. ,
O bando foi desarticulado em julho quando foram presas 21 pessoas e foram apreendidas ao longo de oito meses mais de 1,2 tonelada de pasta base de cocaína, que alimentaria o comércio de drogas em Belo Horizonte, na Região Metropolitana da capital e no Rio de Janeiro.
Ao longo das investigações, que contaram com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a PCMG obteve da Justiça a decretação de prisão preventiva para 34 suspeitos, alguns deles ainda foragidos. Dos presos, três deles são apontados como líderes da organização criminosa, com atuação em Minas e São Paulo.
Da Justiça decretou o sequestro de 60 veículos de luxo, avaliados em R$ 6 milhões, dos quais 30 foram apreendido na época.
Quatro imóveis de luxo, no valor total de R$ 10 milhões, também foram bloqueados pelo Poder Judiciário.
A investigação conduzida apontou que a organização criminosa tinha ramificações nos estados de Minas Gerais — especialmente Belo Horizonte e Região Metropolitana —, São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com Barbosa, grande parte da droga apreendida, inclusive, tinha como destino o Complexo da Maré, para fomentar o narcotráfico no estado carioca.
A droga vinha do exterior, passando pelo Mato Grosso, até chegar na capital mineira, onde então era distribuída nos aglomerados e, em seguida, era depositada em cidades da Região Metropolitana, como Vespasiano, de onde seguia, via terrestre, para o Rio de Janeiro.
Os suspeitos preferiam rotas alternativas para evitar serem surpreendidos com os carregamentos ao longo de rodovias estaduais e federais.
A maior parte dos presos era mineira, sendo que alguns nunca haviam sido presos anteriormente.