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Quem entra para a milícia de Zinho recebe treinamento antes sobre como extorquir comerciantes

A milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, oferece treinamento para quem vai entrar para a quadrilha sobre como devem ser realizadas as cobranças aos comerciantes. O relato foi feito por um integrante do bando preso em janeiro em Campo Grande. Consta do auto de prisão em flagrante que policiais civis, lotados na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO-IE), foram requisitados, pois havia chegado informações do setor de inteligência de que milicianos iriam realizar extorsões aos comerciantes do bairro de Campo Grande, mais precisamente na localidade conhecida como São Geraldo. Informa que, munidos das fotografias dos indivíduos, foram até o local, e presenciaram o momento em que dois milicianos, de vulgos Caquinho e Marcinho e chegaram ao local e ficaram aguardando o valor que seria pago referente à extorsão. Narra que, ao ser feita a abordagem, foi encontrado com os custodiados a quantia de R$ 210,00 e três aparelhos celulares. Caquinho disse que no mês de dezembro de 2021 foi convidado para trabalhar na milícia que atua na localidade conhecida como São Geraldo, pelo vulgo Barata.´. Informa que foi lhe oferecido R$ 300,00 por semana para desempenhar a função de monitoramento, que consistiria na comunicação ao vulgo ´BARATA´ da ocorrência de roubo no bairro. Declarou que, na data dos fatos, estava na companhia de Marcinho, também integrante da milícia, para cumprir ordem de Barata, qual seja, ir até um mercado e pegar duas cestas básicas. Já Marcinho disse que há cerca de dois meses entrou para a quadrillha de Zinho através de um amigo conhecido como Rodrigo. Informou que encontrou com ele para treinamento, tendo sido instruído como deveria ser feita as cobranças dos valores estipulados pela organização criminosa. Relatou que, no dia 20/01/2022, foi ordenado pelo vulgo ´Rodrgio RG encontrar o vulgo Caquinho´ por volta das 13h, na praça no bairro de Vila Nova, para realizar as cobranças, porém acabaram não conseguindo fazer, pois o comparsa precisou se ausentar. Por conta disso, foi combinado que as cobranças aos comerciantes seriam feitas no dia 28/01/2022, mas acabaram sendo detidos pelos policiais civis |