Casos de PolíciaComando VermelhoDenunciaGuerra entre facçõesinvestigaçãomilícia

Rocinha se associou a Penha, Cidade de Deus, Covanca e Dezoito na guerra do CV contra a milícia em Jacarepaguá que matou morador e PM, aponta investigação

Um processo sigiloso que tramita na Justiça apura a ligação de bandidos da Favela da Rocinha com a guerra entre criminosos do Comando Vermelho com a milícia em Jacarepaguá no ano passado.


Segundo a ação, os criminosos se associaram a bandidos da Covanca, Complexo do Dezoito, Complexo da Penha e da Cidade de Deus com o intuito de assumir o tráfico local, invadiram as comunidades da região, expulsando criminosos da milícia, os quais, por sua vez, estavam unidos ao Terceiro Comando Puro (TCP), sendo o resultado de tais disputas noites seguidas de tiroteio e terror para os moradores não só dos morros invadidos, mas de toda a região de Jacarepaguá. 


Diante desse cenário, no dia 28 de julho de 2020, policiais civis da 41ª DP, com o intuito de reprimir, identificar e capturar os criminosos que estariam envolvidos nessas ações, diligenciaram nas proximidades de uma das entradas da Estrada da Covanca, na Rua Virgínia Vidal.


No curso da diligência, após intensos confrontos entre facções criminosas rivais para obter o controle do tráfico de drogas na região de Jacarepaguá, que resultou na morte de um dos moradores e de um policial militar, dois indivíduos não identificados, em uma motocicleta de placa não anotada, iniciaram fuga do local ao avistarem a viatura policial. 


Durante a fuga, deixaram cair um aparelho de telefone celular, além de dois cadernos de anotações contendo informações contábeis do tráfico de drogas e diversos contatos telefônicos de possíveis indivíduos associados ao tráfico. 


Após detida análise das informações contidas no telefone celular e nos cadernos apreendidos, os policiais conseguiram identificar diversas linhas telefônicas, bem como contas da rede social Twitter e grupos WhatsApp, possivelmente utilizadas por criminosos. 


Ao longo das investigações, a partir da quebra de sigilo do aparelho de telefone apreendido, bem como a partir das interceptações telefônicas deferidas pelo Juízo singular, foi possível identificar e demonstrar o envolvimento dos denunciados com o tráfico de substâncias entorpecentes nas comunidades mencionadas, sob domínio da facção criminosa Comando Vermelho, sendo possível constatar que andam fortemente armados, poderio bélico amplamente divulgado na internet em diversas redes sociais.

Entre os réus no processo está John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo, um dos chefes do tráfico na Rocinha. Ao todo são 19 denunciados, dos quais 14 estão foragidos.

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