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Saiba como funcionava esquema de roubo e desmanche de veículos para clonagem ou venda de peças para ferro velhos montado na Vila Kennedy (CV)

Investigação revela como funcionava um esquema de roubo de veículos, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor praticado e comércio de peças para ferros-velhos tramado por criminosos das localidades que compõem a Vila Kennedy ( Metral, Manilha, Light, Progresso, Pedra, Sapo, Barrão e Sítio do Arlindo. (…) Os policiais envolvidos na investigação revelaram que os bandidos roubavam o veículo, quebravam o carro, dividiam o automóvel em peças para atingir um outro nicho, que era ferro velho. Faziam também a montagem de veículos batidos e levavam alguns dos carros para leilão. Os criminosos tinham também tinham automóveis que eles deixavam para bonde do pessoal da facção Comando Vermelho para transporte de marginais, armas e drogas, entre as comunidades da mesma bandeira de facção. Os carros roubados vinham direto para a Vila Kennedy. Na época da investigação, em 2019, foi feita uma estatística e verificaram que 40% dos veículos recuperados eram roubados desta comunidade. Um dos líderes desta quadrilha era diretamente ligado ao tráfico; de vulgo Baixinho. Ele tinha tinha licença para transitar entre os morros do Fallet, Fogueteiro, Chapadão e Vila Kennedy. Havia uma tratativa com oficinas, que recebiam peças e veículos roubados. Uma destas oficinas ficava na Carobinha, em Campo Grande, área dominada por milicianos. Carros também eram clonados, os quais retornavam ao comércio como se autênticos fossem. Os agentes descobriram todo o esquema depois de fazerem uma operação na Vila Kennedy. Na ocasião, conseguiram recuperar um veículo Fiat Palio Weekend, placa KWQ 3051, produto roubado na circunscrição da 35ª DP e dois aparelhos telefônicos, através dos quais, com autorização judicial, foi determinada a quebra do sigilo telefônico onde chegou-se à caixa de contatos e, posteriormente, a toda associação criminosa. Com o desenrolar da investigação, percebeu-se que a associação criminosa era organizada em três células: I – prática de roubo de veículos; II -corte e desmonte dos veículos roubados e III- revenda e reinserção no mercado. |