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Saiba detalhes da operação policial que resultou na morte de Charlinho do Lixão, chefão do tráfico em Caxias

Investigação revela como foi montada a operação que resultou na morte de um dos principais traficantes da Baixada Fluminense, Charles Jackson Neres Batista, o Charlinho do Lixão, ocorrida em março do ano passado na localidade de Jardim Olavo Bilac, em São João de Meriti. O cerco montado pela PM para capturar Charlinho durou mais de 15 dias, Os policiais tentaram prendê-lo primeiro em Mauá, em Magé, mas o traficante escapou. Os agentes descobriram qual o veículo (um Etios preto) usado pelo bandido. Em uma das buscas, passou um carro parecido e ele teve a placa anotada. Com autorização judicial, o comando do 15º BPM (Duque de Caxias) foi até a rua onde ficava o esconderijo de Charlinho e o veículo estava na porta. O traficante estaria nesta casa no período de 18 a 20 dias. Os policiais entraram na casa e na varanda avistaram o dono do imóvel portando um celular. Ao ver os agentes, um menor de idade que também estava no local saiu correndo e tentou pegar um fuzil. Uma suposta namorada de Charlinho abriu a porta do quarto e também correu. Em seguida, Charlinho deu um tiro de fuzil em direção à sala. Os policiais reagiram e o traficante acabou morto. Um conhecido de Charlinho que também estava na casa, portava uma granada e também tentou fugir. Ele portava uma mochila onde foram achados mais dois artefatos explosivos. Charlinho usava o local para se encontrar com várias mulheres. Ia sempre as terças e quintas. O dono da casa recebeu ajuda do bandido que conseguiu para ele um emprego em uma fábrica de vinagre. No dia da operação, sua filha que é portadora de necessidades especiais estava no imóvel e os policiais tiveram a preocupação de ter cuidado para que ela não sofresse nada. Charlinho quando ia para a casa ligava dizendo que era para deixar a porta aberta sendo que se não fizesses isso a ‘família ia sofrer’. O carro que acabou sendo a pista principal para descobrir o esconderijo de Charlinho era produto de roubo. Charlinho era apontado como sucessor de seu pai, Charles do Lixão, no comando do tráfico em Duque de Caxias. Ele era acusado, junto com outros suspeitos, de tentativa de homicídio contra PMs do 15º BPM (Duque de Caxias) em uma operação de junho de 2017. A ação resultou na morte do menino Arthur, baleado no útero de sua mãe, Claudineia dos Santos Melo. Atualmente, a polícia procura a mãe de Charlinho, Richele da Silva Neres, a Chefona, de 41 anos e a mulher dele, Amanda Oliveira de Almeida, a Chefinha, 28, que estariam envolvidas com o tráfico. |
