Saiba mais sobre Tandera, ‘dono’ da Liga da Justiça na Baixada

Danilo Dias Lima, o Tandera, é o líder da maior milícia do Rio, a Liga da Justiça, na Baixada Fluminense.
Só em Nova Iguaçu, ele ‘mandaria’ nas localidades de Cabuçu, Paraíso, Grão Pará, Marapicu e no Km 32, de onde seu grupo expulsou os traficantes ligados ao Comando Vermelho no ano passado.
Ele ingressou na milícia em 2012 na localidade de Jesuítas, em Santa Cruz, na Zona Oeste da capital. No local, praticava diversos crimes com o objetivo de obter recursos necessários à manutenção da estrutura da organização, cobrando “taxas de segurança” de todo e qualquer estabelecimento, no valor que varia entre R$ 40,00 e R$ 300,00 por semana.
As atividades de exploração incidiam ainda sobre a comercialização de botijões de gás, “agiotagem”, distribuição clandestina de sinal de TV a cabo (gatonet), sendo cobrada de cada morador a quantia variável entre R$ 30,00 e R$ 50,00.
Em Santa Cruz, Tandera se tornou síndico de um condomínio do Minha Casa Minha Vida e expulsou moradores.
Com a proximidade de Jesuítas com Nova Iguaçu, expandiu seus territórios até Seropédica.
Chegou a ser preso dirigindo um carro de alto valor (um Hyundai Tucson) blindado e R$ 9 mil. Um PM o acompanhava na ocasião e disse que lhe conhecia como empresário de artistas e envolvido em diversos eventos de música ao vivo.
Mesmo na cadeia, dava ordens para a quadrilha. Quando saiu da prisão, retornou com suas atividades no grupo paramilitar.
Tandera cumpria pena em regime aberto e fugiu da Casa do Albergado Crispim Valentino em 30 de novembro de 2015.
O miliciano lava o dinheiro do crime na compra de mansões. Recentemente, foi descoberto que ele era o dono de duas mansões em um condomínio de classe média em Seropédica, que valiam cerca de R$ 1,1 milhão cada.
Também usaria o dinheiro do crime para comprar cavalos de raça e carros de luxo.
A polícia chegou a descobrir um rancho usado pelo bandido na Baixada Fluminense onde foram encontrados doze cavalos, sete ovelhas e cinco gansos.
Recentemente, o nome de Tandera foi ligado a um homicídio na região. Foi denunciado pelo Ministério Público mas a acusação foi rejeitada pela Justiça por falta de provas.