Saiba mais sobre Xande, dissidente e novo rival em potencial da maior milícia do RJ

O miliciano Xande ou Solinha se tornou rival ferrenho do grupo de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, mas até bem pouco tempo fazia parte da sua quadrilha.
Investigação feita pela Polícia Federal no ano passado sobre o bando de Zinho revelou que Xande, mesmo preso na penitenciária Bandeira Stampa (Bangu 9), tinha o papel de compilar e gerenciar o repasse de informações sobre a movimentação policial e sobre a região de conflito entre a milícia de Zinho e de Tandera, a qual trata-se de área envolvendo algumas comunidades onde duas facções de milicianos disputavam o comando.
Quando eram visualizadas viaturas policiais na região, Solinha recebia informações de sua rede de informantes, repassando imagens e mensagens para Latrell, que era o segundo homem do grupo de Zinho na época mas já saiu da quadrilha, alertando seu interlocutor sobre eventual risco de operações.”
Xande também havia recrutado novos informantes para expansão da rede de informações do grupo. Antes disso, um processo criminal aberto em 2019 mostrou que Xande liderava uma milícia no Jardim Guandu, em Nova Iguaçu e também na Carobinha, em Campo Grande.
Ele transmitia ordens para o soldado conhecido como Cabelo ou Milicinha tirando plantão, arrecadando o dinheiro proveniente das extorsões a moradores e comerciantes locais. Por conta disso, foi condenado no ano passado a uma pena de cinco anos e dez meses de prisão.
Houve interceptações que flagraram, inclusive com a participação de Xande, negociações sobre compra e venda de armas e munições, bem como fotos de armas e do dinheiro proveniente das extorsões a moradores e comerciantes locais.]
Anos atrás o miliciano era o encarregado do transporte e à negociação de armas de fogo para a Liga da Justiça.
Xande foi o responsável por incendiar vans do grupo de Zinho nesta semana em Paciência e Cosmos, na Zona Oeste do Rio. Também tomou do rival a região do Km32, em Nova Iguaçu, junto com o comparsa Thauan, vulgo Tubarão.