SÃO GONÇALO: Traficantes exigiam que empresas empregassem parentes e pessoas de seu relacionamento para que não precisassem pagar o arrego

Segundo investigações da Polícia Civil, empresas localizadas nas proximidades do Complexo do Boaçu, em São Gonçalo, eram obrigadas a oferecer cinco vagas de emprego para mulheres da favela, para não ter que pagar ́arrego ́, ou seja, não terem que dar dinheiro aos traficantes locais. As beneficiadas tinham que ser principalmente familiares e pessoas de relacionamento próximo dos traficantes;
Com a coação empregada às empresas do entorno da comunidade, estas se viam subjugadas a contratar para seus quadros pessoas sob condições pré-determinadas pelos traficantes.
Em uma conversa interceptada, uma mulher falou sobre ir na fábrica pois havia cinco vagas de emprego garantidas, pois o traficante Jorlei já tinha ́desenrolado. Uma das que ficaria com a oportunidade de emprego era uma auxiliadora que ajudou um traficante baleado em confronto com policiais; que os traficantes, ao invés de usarem o próprio celular como meio de contato, utilizavam o telefone dessa pessoa que seria empregada. Ela ainda informava sobre a presença de policiais na comunidade e atuava ajudando a repassar as cargas que eram roubadas,
Haviam firmas, no entanto, que também pagavam pedágio aos bandidos para poderem atuar na região, assim como mototaxistas e motoristas de transporte alternativos.
A quadrilha comandada por Coroa também praticava, extorsão a comerciantes locais, moradores e fazia a distribuição de cargas roubadas aos moradores por preço mais baixo, exploração de sinal de internet e tv a cabo,