Somente depois de oito anos, Justiça denunciou e decretou prisão de traficantes que torturaram e mataram comparsa por asfixia em Niterói

Depois de oito anos, a Justiça decidiu abrir processo e decretou a prisão preventiva de três traficantes do Caramujo, em Niterói, acusados de torturar e matar por asfixia um comparsa que não devolveu para a quadrilha uma carga de drogas.
No período compreendido entre os dias 01 e 02 de março de 2013, na Rua Portugal, n. 14, bairro Maria Paula, os criminosos amarraram e asfixiaram Marcelo Azevedo da Silva
Consta dos autos que os denunciados utilizaram corda, provocando a constrição do pescoço da vítima, causando-lhe edema dos pulmões em razão da asfixia.
O cadáver da vítima apresentava diversas escoriações na região ilíaca e lateral da coxa esquerda, bem como equimoses na região frontal, orbitária esquerda e no lábio superior.
A vítima era integrante da facção criminosa que atuava na região do Caramujo, na função de “avião” da traficância local, eis que ele realiza a entrega de drogas, buscando na comunidade para quem solicitasse.
Ocorre que, cerca de dois meses antes da sua morte, a vítima buscou entorpecentes na comunidade do Caramujo e não entregou para o trio ocasião em que passou a ser ameaçado por eles, tendo sua residência invadida, além de ser expulso da localidade, vindo a se mudar para o bairro Santa Bárbara.
Já no novo endereço, um dos bandidos o procurou pela vítima em sua residência sob o pretexto de consumirem entorpecentes, ocasião em que foi levado para sua residência e, junto com os demais denunciados, com o emprego de asfixia, tortura e meio cruel, a fim de atingir o resultado morte, amarraram a vítima, lesionaram diversas partes do seu corpo e envolveram o pescoço dele com uma corda, o impedindo de respirar, causando-lhe asfixia mecânica, que foram causa eficiente de sua morte.