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STJ condena cinco traficantes do Chapéu Mangueira (TCP) que haviam sido absolvidos pela Justiça do Rio. Confira detalhes da investigação

O Superior Tribunal de Justiça condenou no início do mês cinco traficantes que atuam ou atuavam no Morro do Chapéu Mangueira, no Leme, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a penas de até quatro e seis meses de prisão. 

Os sentenciados são Alan Nascimento Bispo, vulgo Zé Caralho, Alexandre Agenor, Cosme Ferreira Soares, o Cosminho, William da Silva Santos e Paulo Ricardo Martins de Oliveira.

Esses criminosos haviam sido absolvidos pela Justiça fluminense no ano passado. Na época, o TJ-RJ afirmou que, apesar dos elementos investigativos decorrerem de interceptações telefônicas e de imagens fornecidas pela Unidade de Polícia Pacificadora da localidade, não foram acostados aos autos quaisquer áudios ou transcrições de eventuais interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial. Segundo o Tribunal, as investigações decorreram, exclusivamente, do recebimento das imagens mencionadas e das declarações prestadas e reconhecimentos efetivados pelos policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora. Pela análise das imagens gravadas não foi possível distinguir, com a segurança necessária, a atividade realizada ou identificar os atores que aparecem nas filmagens. 

Segundo a denúncia, a partir do final do mês de janeiro de 2013 até este ano, no interior da comunidade do Morro do Chapéu Mangueira, os denunciados, com consciência e vontade, associaram-se com outras pessoas ainda não identificadas, para o fim de praticar o tráficode drogas na região. 

O Morro do Chapéu Mangueira foi pacificado em 2008 e ainda existe o tráfico no local, atenuado pela presença da UPP, mas que precisa ser reprimido, sob pena de se enfraquecer a estratégia de Segurança Pública do Estado. 

O Chapéu Mangueira era dominado pela facção ADA, e depois da pacificação, pelo enfraquecimento do tráfico local, houve a mudança de domínio, sendo certo que os denunciados, fazem parte da facção criminosa TCP e estão presentes na comunidade pacificada atemorizando os moradores e utilizando forte armamento, até para se manter no poder, já que a comunidade contígua, Morro da Babilônia, chegou uma época a ser dominada pelos rivais do Comando Vermelho.

A conduta dos acusados consiste na venda de drogas em locais específicos da comunidade, conhecidos como Boca do Bar do Mangue, Boca em frente à casa do Zé Caralho, Boca da Pizzaria, Boca do Bar do João ou da Sinuca, Boca do Bar da Sueli, Boca da Caixa D’Água 

Além disso, especialmente, os denunciados praticam as seguintes condutas:

 Cosminho com consciência e vontade, é o matuto, chefe do tráfico no local, e, embora estivesse preso e fizesse parte da facção ADA, continuava a atuar na região, inclusive na tentativa de retomar sua posição no local

Willian  era o líder do tráfico em liberdade, sendo certo que foi um dos que apoiou a alteração da liderança da facção do tráfico de drogas no local, sendo o responsável pela venda de cocaína e crack.

Alan Bispo também exercia liderança no tráfico sob as ordens Willian, e é o responsável pela venda de cocaína e crack, juntamente com o segundo denunciado, Willian.

Alexandre era o encarregado da venda da maconha,

Paulo Ricardo era a pessoa de confiança dos traficantes  cumprindo todas as suas determinações.

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