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Também preso hoje por lavagem de dinheiro de Zinho, Clebinho esteve com Tandera no dia em que ele foi preso em 2015. Foi acusado de ser segurança da milícia, dirigir veículo usado em incursões do grupo, de posar para foto com vários criminoso, de mudar de vida saindo de Santa Cruz para apartamento na Barra com carrão importado e de ser dono de posto de gasolina de R$ 10 milhões

Preso hoje acusado de ser um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, Cléber Oliveira da Silva, o Clebinho tem uma série de acusações contra ele quando foi preso pela primeira vez em 2016.


Assim como o ex-PM Diego Machado Ferreira, também pego hoje, ele esteve com Danilo Dias Lima, o Tandera, em uma boate em Bangu no dia em que ele foi preso, em 2015.

A defesa alegou na época que Clebinho era um bem sucedido empresário, e não um miliciano.
Seu envolvimento do réu com a milícia surgiu a partir de depoimentos de testemunhas em sede policial.


Uma delas disse que Cléber atuava como segurança armado da milícia.

Uma outra contou que Clebinho dirigiu um dos veículos modelo Amarok que a milícia usava para fazer incursões no condomínio em que a testemunha morava, em Santa Cruz.


Relatou ainda que Cleber era encarregado de efetuar a cobrança de tv clandestina.


A defesa do réu Cleber buscou desmoralizar a testemunha, afirmando que ela prestou tal depoimento contra Cleber e vários outros acusados de integrar a milícia, pois o depoente praticou furto no condomínio e não queria ser responsabilizada.

No entanto, essa testemunha relatou que, após milicianos ordenarem que abandonasse seu apartamento, sob pena de execução de toda sua família, imediatamente fugiu do local com sua família e procurou uma Delegacia Especializada (DRACO).


A testemunha recebeu apoio da Comissão de Direitos Humanos e a Secretaria de Segurança e foi incluída no serviço de proteção, vivendo atualmente em local desconhecido.


O envolvimento do réu Cleber com a milícia se evidenciou em outros dois episódios colacionados pelo Ministério Público. O primeiro deles é a emblemática que consta vários homens aparecem se confraternizando em momento de lazer.


No grupo, havia investigado por integrar milícia, preso pelo mesmo motivo, condenado em segundo grau pelo mesmo crime, e outro corréu que morreu ao trocar tiros com a polícia. Cleber está na foto.

Mas não é só. O major da PM que efetuou a prisão dos irmãos Delson e Danilo, apontados como milicianos pela polícia, relatou que Cleber estava na companhia deles na casa noturna na noite em que foram presos.


Narrou o oficial que Cleber estava no segundo veículo que foi parado e que, no seu interior, havia a quantia de R$7.060,00 em espécie.

Aliás, o réu Cleber tem predileção por portar dinheiro em espécie. Quando sua prisão foi efetuada, em seu carro havia a impressionante quantia de R$ 168.000,00 em espécie, além de joias e relógios e mais um veículo.

Um dos automóveis, um veículo da marca Chevrolet, modelo Camaro, Cleber pagou, mediante uma entrada de R$ 50.000,00 e sete parcelas de R$ 10.000,00.

Cleber ainda adquiriu outros dois veículos, datados de dezembro de 2015 e outubro de 2016 respectivamente: (i) Hyundai HB20 no valor de R$ 60.000,00 e Jeep Renegade, placa KWZ6593, no valor de R$ 100.000,00.

Quando foi preso, o réu havia deixado o modestíssimo Bairro de Jesuítas, em Santa Cruz, para viver de frente para o mar na Barra da Tijuca. Em sua garagem um automóvel esportivo importado.


A Defesa trouxe aos autos documentação que comprova que o réu é proprietário de um posto de gasolina, vindo daí a justificativa para sua vertiginosa ascensão social.


Portanto, segundo a Defesa, o réu ingressou em atividade comercial (posto de combustível) sem ter que desembolsar nada, visto que o passivo do negócio era de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e, em pouco tempo, teve uma radical mudança de seu padrão de vida.

Mas não veio aos autos o documento básico de qualquer contribuinte que pretendia demonstrar sua evolução patrimonial: a declaração de imposto de renda ano a ano.

A família de Cleber relatou que ele iniciou sua vida profissional como frentista e que ascendeu progressivamente, até adquirir o posto de gasolina.

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