Taxista viveu momentos de terror em poder de traficantes da Vila Cruzeiro (CV). Apanhou até de taco de baseball por ser considerado X9. ‘Arrebenta ele’, ‘Dá um pau nele’, ‘Bate mesmo’

Processo criminal aberto no ano passado revela que um taxista pego por traficantes da Vila Cruzeiro, na Penha, e foi torturado.
Em 1º de outubro de 2020, o motorista trafegava no interior da comunidade, após deixar uma passageira no local, momento em que foi surpreendido por um elemento de moto, que determinou que a vítima o seguisse até a boca de fumo.
O taxista se deparou com três criminosos portando fuzis que determinaram que ele desembarcasse do veículo, bem como efetuaram disparos de arma de fogo quando o mesmo tentou fugir, desferindo-lhe diversos socos.
Os bandidos teriam revistado o veículo da vítima e vasculhado o conteúdo de seu celular, passando a aterrorizá-lo. com o fim de obter suposta confissão no sentido de ser a vítima agente policial ou informante, bem como teriam determinado que a mesma entrasse no porta-malas do veículo, onde permaneceu por cerca de 25 minutos.
Em seguida, o motorista teria se deparado com diversos homens portando armas de fogo.
Um bandido de vulgo Jack lhe deu tapas na cabeça e no rosto e ameaçado matá-lo, acusando-a, a todo instante, de ser “X–9”. ‘”você é mandado, veio filmar a favela. É “X-9”!!”. º
Na sequência, um dos criminosos teria efetuado uma ligação telefônica, através de vídeochamada, para um comparsa vulgo Bahia considerado como um dos responsáveis pelo tráfico de drogas ilícitas no local, tendo este, em tese, interrogado a vítima, para, ao final, por telefone, ordenar aos demais denunciados e comparsas não identificados que a agredissem, determinando: “dá um pau nele! Castiga o “X”!”.
Vítima que, na sequência, foi colocada no porta-malas de outro veículo automotor, sendo conduzida até o alto da favela, onde deparou-se com mais dois comparsas não identificados que a agrediram fisicamente com barra de ferro e um taco de “baseball”, os quais, supostamente, eram incentivados por um bandido de vulgo “Samuca”), que, em tese, portava um fuzil, e teria gritado: “bate mesmo! Arrebenta ele!”.
Bahia teria chegado ao local, acompanhado de aproximadamente dez homens quais pareciam fazer sua segurança, tendo supostamente indagado a vítima, de forma agressiva e intimidatória: “e aí?” tem o que a dizer?”, a qual implorava para não morrer.
Bahia que, após novas agressões contra a vítima, teria se convencido de que a mesma seria apenas motorista de táxi, determinando ao grupo criminoso de traficantes que parassem e buscassem o táxi da vítima, liberando o lesado, não sem antes subtraírem seu dinheiro e telefone celular.
Cinco bandidos respondem pelo crime.