BaleadosCasos de PolíciaDenunciaGuerra entre facçõesTiroteio

Veja o relato impressionante de um homem que sobreviveu a um ataque à bala de traficantes em Campos (RJ). “Só vi a arma saindo e na hora do susto, fechei os olhos”

Veja o impressionante depoimento de um homem que foi baleado em janeiro do ano passado junto com um amigo em Campos dos Goytacazes durante um suposto ataque de traficantes.

“Estava na casa de um amigo fazendo churrasco. Saímos para a rua. Ficamos um pouco conversando e todo mundo ia se despedir para ir para casa. que quando iam se despedir para ir para casa aconteceu isso. Estava em  um muro, de costas para rua e na hora que o carro veio, parou perto do paralelepípedo da calçada e abriu o vidro de trás. Só vi a arma saindo  e na hora do susto, fechei os olhos, não acreditei na hora e fechou os olhos e só vi os tiros saindo. Nem senti que tinha tomado um tiro na perna, o primeiro tiro que levei foi na perna, que quebrou o fêmur. Na hora que levei o tiro, deitei no chão, com os olhos fechados, achei que já estava morto. Não vi quem estava no carro, nem o carro chegando, nem a cor do carro, não conseguir ver nada. Que quando abri os olhos, vi que o carro não estava mais ali, os amigos tinham saído correndo, e fiquei ali, naquele local, deitado. Tentei levantar para tentar ir para casa. Quando fui tentar levantar, cai no chão de novo, por ter quebrado o fêmur. Me arrastei até a lixeira perto de casa. Me pegaram, levaram para dentro de casa e fui para o hospital”.

O amigo que o acompanhava disse que passou um carro do nada, escutou os tiros e levou o primeiro nas costas. O segundo pegou do outro lado e atingiu o celular que estava na cintura. Depois que levou o tiro, ficou de pé e paralisou. Falou que o amigo atingido caiu em cima dele e os dois foram ao chão. Disse que os bandidos continuaram atirando e, depois, conseguiu levantar, olhou para trás, correu e foi para casa.
Ambos negaram que tivessem envolvimento com o tráfico de drogas.

O ataque foi cometido motivo torpe, por vingança oriunda de rixa entre facções criminosas na disputa por pontos de venda de entorpecentes.

Segundo testemunhas, os suspeitos já residiram no bairro Parque Prazeres, local de tráfico de drogas estabelecido pela facção “TCP”, mas, após a morte do líder do tráfico das “Casinhas do Parque Prazeres”, conhecido como “Felipe da Roça”, os indiciados teriam se mudado do local e teriam migrado para a facção criminosa “ADA”, estabelecida no Parque Santa Rosa (Sapo 1), inclusive, teriam jurado vingança.
Uma testemunha ouvida formalmente em sede policial, informou que os investigados publicaram mensagens no Facebook indicando que efetuariam ataques no Parque Prazeres.

Cinco suspeitos foram acusados e tiveram as prisões preventivas decretadas mas que foram revogadas

A Justiça alegou nos autos indícios suficientes da autoria delitiva. Segundo a Corte, as vítimas e as testemunhas ouvidas em juízo relataram que não conseguiram visualizar os atiradores.

Disseram que um carro se aproximou do grupo, com indivíduos encapuzados, que começaram a efetuar inúmeros disparos de arma de fogo. Frise-se, ainda, que as vítimas narraram que na delegacia foram apresentadas foros e os nomes dos acusados pelos policiais, mas que não foram reconhecidos.

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo