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Veja versão oficial que chegou para a Justiça Federal sobre o sequestro de helicóptero para resgate de presos no complexo de Bangu

A reportagem teve acesso ao processo criminal que corre na Justiça Federal do Rio de Janeiro contra os envolvidos no sequestro de um helicóptero ocorrido em 2021 para resgatar presos da facção criminosa Comando Vermelho no Complexo Penitenciário de Bangu.

Veja o passo a passo

Em breve síntese, o fato que originou a investigação foi o seguinte:

Gerlan Dias da Silva (preso recentemente), Khawan Eduardo da Costa (preso este ano) e Marco Antônio da Silva, vulgo Pará, teriam iniciado a execução de um plano delitivo para resgatar os presos Carlos Vinicíus Lírio da Silva, vulgo Cabeça do Sabão, Max de Oliveira Nascimento, o Max Cabeção e Márcio Gomes de Medeiros, o Marcinho do Turano, que se encontravam custodiados no Complexo Penitenciário de Bangu.

Para tanto,  auxiliados por Gerlan, Khawan e Marcos Antônio e  simulando a condição de turistas, teriam contratado a empresa para a realização de uma viagem entre o Rio de Janeiro e Angra dos Reis no dia 19 de setembro de 2021 com retorno previsto para o dia 20.

Porém, simulando a necessidade de retorno antecipado no mesmo dia 19 de setembro, Khawan e Marcos Antônio ingressaram no helicóptero Esquilo, prefixo PR-KLI, no Heliponto do Frade, conduzidos pelo piloto Adonis Lopes de Oliveira, que foi constrangido no curso da viagem, mediante emprego de pistolas e fuzis, a transportá-los até o complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, mais especificamente o presídio Vicente Piragibe, tudo com vistas a realizar o resgate dos companheiros. 

O piloto, que é policial civil, simulou uma pane e conduziu o helicóptero até o Batalhão da Polícia Militar de Bangu, tendo, por isso, sofrido golpe de constrição do pescoço e perdido o controle da aeronave, que lhe foi tomado. Ainda segundo a investigação, Adonis conseguiu posteriormente controlar a aeronave e transportar os agentes até o Morro do Castro, em Niterói, onde os deixou. O plano de resgate foi, afinal, frustrado. 

Cabeça do Sabão, Max de Oliveira Nascimento, Max Cachorrão e Marcinho do Turano, que ocupam lugares de destaque na hierarquia da facção criminosa, induziram e coordenaram as ações delituosas dos demais denunciados, indicando data e horário para realização do resgate, o local exato onde a aeronave sequestrada deveria pousar, além de financiarem todo o plano criminoso.

No dia dos fatos, os presos estavam nas dependências externas do pavilhão trajando vestimentas incompatíveis para o padrão da unidade prisional, indicando que eles estavam preparados para a fuga.

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