Investimentos feitos na base

Em 2017, presenciamos uma venda bombástica: Vinicius Jr de 17 anos é vendido ao Real Madrid por aproximadamente R$ 164 milhões. Um pouco disso me fez refletir o seguinte: o quanto os clubes têm investido nas categorias de base?
Ainda em 2017, vimos a seleção brasileira sub-17 conseguir um terceiro lugar no mundial, com a grande dupla Paulinho e Lincoln brilhando nos gramados com a amarelinha.
É notório que o investimento na base vem aumentando e isso reflete nas revelações atuais, tendo em vista que, a cada jogo, eles vem melhorando, se destacando, chamando a responsabilidade, e fazendo a alegria de milhares de torcedores por aí.
Henrique Lordelo, meia da equipe sub-20, como quase todos os jogadores, começou no futsal, e passou por clubes como Madureira e América, até que ele chegou ao CFZ, e com menos de 6 meses de clube, despertou o interesse do Flamengo, onde joga desde 2010. Confira agora a entrevista completa:
Blog Torcidola: Como você vê os investimentos feitos nas categorias de base nos últimos anos?
Henrique Lodelo: Nos últimos anos os investimentos vem crescendo e pela crise a base gasta menos dinheiro e pelo retorno que é interessante pros clubes. Digo pelo Flamengo, a gente tem academia, uma estrutura parecida com a do profissional. Então, eu acho que o Flamengo tá na frente dos outros clubes em relação a estrutura da base, e vai render frutos por conta dos investimentos da base.
BT: O fato de jogar em um clube grande, te traz mais pressão pra trabalhar?
Henrique: Sim. Por estar no maior clube do Brasil, a pressão é muito grande. A torcida do Flamengo é algo sobrenatural. É gratificante ver o que eles podem proporcionar nos estádios. Lógico que a pressão não atrapalha. Nos juniores a gente já sabe da pressão que é chegar pra treinar e já ter a pressão por perder um jogo. E no Flamengo, tem que ter algo a mais. E esse algo a mais é o emocional. Tem que estar com o emocional em dia, quem tá jogando no Flamengo tem que estar preparado.
BT: Onde você se vê daqui a 10 anos?
Henrique: Eu me vejo jogando num alto nível, num preparo pra isso, seja no Brasil ou na Europa. Claro que os sonhos falam mais alto. Sonho de jogar na seleção brasileiro, Premiere League, Champions. Deixo nas mãos de Deus. Se tiver que estar aqui no Flamengo, vai ser um sonho realizado, se tiver na Europa, vai ser um sonho também.
BT: O sucesso de jogadores como Paulinho, Rodrygo, Vinicius Jr e Paqueta te fazem sonhar com voos mais altos em pouco tempo?
Henrique: Sabe que cada jogador é um e que eu não posso me comparar. Cada um tem a vida que Deus deu. É claro que a gente fica feliz, joguei com Vinicius, fiz treinos com o Paquetá, joguei com o Paulinho no Madureira. Fico feliz pelo Vinicius, desde os 10 anos batalhando, pelo nosso sonho, de todo mundo estar vestindo o profissional. Lógico que a gente queria que fosse a gente, mas Deus sabe de cada um. Valoriza não só o trabalho dele, mas o nosso também. Mantenho o pé no chão, continuo trabalhando, para que num breve tempo, a gente possa estar fazendo parte da mesma lista.