Rio de Janeiro

Cedae pode iniciar privatização ainda este ano

Em meio à crise gerada pelas reclamações quanto ao fornecimento de água no Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel anunciou hoje (17) detalhes sobre como pretende conceder a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) à iniciativa privada.

Após privatização, a Cedae continuará responsável pela produção de água nos sistemas Guandu, Imunana-Laranjal e Lajes. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

serviço prestado pela empresa vem sofrendo críticas pelas alterações de odor e paladar causadas pela presença da substância geosmina na água, e o diretor de Saneamento e Grande Operação da companhia, Marcos Chimelli, foi exonerado nesta sexta-feira.

Em comunicado à imprensa, o governo do estado informou que Witzel se reuniu nesta sexta-feira com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Palácio Guanabara, sede do governo do estado, e discutiu medidas e prazos para a concessão, que deve ser feita ainda este ano.

forma de concessão proposta pelo BNDES ainda precisa ser aprovada pela Câmara Metropolitana e por prefeituras do interior do estado, com as quais o governador deve se reunir nos próximos dias.

Concessão em blocos

Pelo modelo, a Cedae continuará responsável pela produção de água nos sistemas Guandu, Imunana-Laranjal e Lajes.

As futuras concessionárias devem fazer investimentos de R$ 32 bilhões ao assumir por 35 anos os quatro blocos em que serão divididos os 64 municípios atendidos pela Cedae.

Os contratos vão exigir que as concessionárias levem 100% de abastecimento de água e 90% de esgotamento sanitário a suas regiões nos primeiros 20 anos de prestação de serviço.

Gosto de terra

Desde o início do ano, moradores da região metropolitana do Rio vêm reclamando da qualidade da água distribuída pela companhia, que já identificou que o problema é causado pela presença de geosmina.

Moradores também têm postado fotos e reclamado de água turva, mas, em uma entrevista coletiva à imprensa, o presidente da companhia, Hélio Cabral, atribuiu o problema à falta de limpeza das caixas d’água dos usuários.

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